HISTÓRIAS QUE O TEMPO NÃO FEZ ESQUECER

JOPHRA MORIER

Jophra Morier

Sou Jophra Morier?

Permitam que eu os conduza a um tempo antes da memória dos homens, ao sopé de montanhas cobertas por névoas espessas, onde as palavras ainda não haviam sido domesticadas. Era uma época que os calendários futuros chamariam de 16.000 a.C., e eu, então um jovem homem de Neandertal de olhos inquietos, buscava mais do que abrigo — buscava sentido.
Foi nas cavernas de uma floresta úmida, ao norte da antiga Frígia, que recebi o convite silencioso de um velho ancião de pele curtida e voz de pedra. Ao redor de uma fogueira crepitante, entre cânticos guturais, fui conduzido a um rito ancestral, onde cogumelos Psilocybe Cubensis — oferecidos como oferenda viva da Terra — dissolveram a realidade diante de meus olhos.

Naquela noite, deixei de ser apenas carne. Compreendi minha existência.

Meu corpo estremeceu, meus ossos cantaram uma canção que não vinha de mim, e tudo que era tempo se dobrou sobre si mesmo. Vi minha infância e minha morte se olharem nos olhos. Vi o início e o fim colidirem dentro de mim como estrelas antigas. E no centro disso tudo, havia um portal — não para outro lugar, mas para outro estado de ser.

Ao retornar, nada em mim era como antes. A pele era a mesma, mas o tempo já não a tocava. A sede era a mesma, mas não por água — por conhecimento e compreensão.

Não sou imortal — sou testemunha. E testemunhar, é uma forma de eternidade. Por isso escuto, observo, absorvo, escrevo e conto. Porque em cada palavra há um fragmento daquilo que vi — e daquilo que ainda não ousamos lembrar.


Jophra Morier

Krishnamurti

Em meio às colinas silenciosas de Ojai, Jophra Morier encontra-se com Jiddu Krishnamurti, não por acaso, mas por destino. É o início de uma conversa que desafia tudo o que Jophra sabia sobre liberdade, autoridade e o próprio eu. O encontro revela um homem que rompeu com todas as tradições para falar da mente livre — livre do medo, do tempo, da dependência psicológica. Nas entrelinhas do diálogo, Jophra reconhece que Krishnamurti não oferece respostas, mas propõe um mergulho radical na consciência.

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Jiddu Krishnamurti 

Helena Blavatsky

Em uma Londres envolta por mistérios e brumas, Jophra reencontra Helena Blavatsky, a enigmática fundadora da Teosofia. Entre o cheiro de velhos grimórios e o tilintar de cristais, eles discutem ciência, espírito e os mundos invisíveis. Jophra, que a conheceu décadas antes em suas viagens ao Oriente, agora testemunha seus últimos dias — frágeis no corpo, mas intensos na mente.No fio tênue entre revelação e alucinação, Jophra mergulha na complexidade de uma mulher que desafiou religiões, acadêmicos e céticos. 

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Helena Blavatsky

Karl Marx

Nos becos fervilhantes de Paris, em 1844, Jophra encontra Karl Marx — jovem, intenso, e tomado por um fogo intelectual que beirava o furor. O encontro não se dá por acaso: Jophra é atraído por uma inquietação no ar, um chamado da história. Ao lado de Engels, Marx traça com precisão cirúrgica as engrenagens da exploração humana. Jophra, negro, milenar e errante, reconhece em Marx um igual: ambos insurgem contra sistemas que mutilam a dignidade. Entre cervejas amargas e noites febris, discutem alienação, revolução e o destino do homem. 

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Karl Marx

Simone de Beauvoir

Em 1947, numa Paris pós-guerra que exala fumaça e liberdade, Jophra reencontra Simone de Beauvoir em um café pequeno e lotado de ideias. A mulher à sua frente escreve com fúria e doçura, desmontando séculos de opressão com uma voz clara como uma lâmina. Entre cafés e silêncios cúmplices, Jophra descobre uma filósofa que não apenas pensa — vive sua filosofia no corpo e na palavra. Discutem amor, existência, maternidade, gênero, política. Beauvoir não se deixa capturar por moldes: ela os derrete. E Jophra, mesmo com milênios de estrada, aprende a ouvir de novo. 

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Simone de Beauvoir

Nietzsche

Nas montanhas da Suíça, entre neblina e vertigem, Jophra encontra Friedrich Nietzsche caminhando só. A atmosfera é densa, o tempo parece suspenso. O filósofo, frágil no corpo e inflamado na alma, vê em Jophra um eco do eterno retorno. Em longos diálogos cortados por silêncios abismais, falam de Deus morto, do além-do-homem, da vida como arte. Nietzsche não se propõe a curar — ele quer incendiar. E Jophra, acostumado a escutar sábios, sente-se diante de um profeta ferido. 

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Friedrich Nietzsche

Frida Kahlo

No calor surreal do México de 1953, Jophra visita Frida Kahlo em sua Casa Azul. O corpo dela é um campo de batalhas vencidas e a alma, um rio irrefreável de cor e dor. Ela pinta com a carne. E ao ver Jophra — estranho, ancestral, silencioso — convida-o a posar. O quadro, jamais terminado, se tornaria lenda. Entre pinceladas e tequila, conversam sobre identidade, amor e política. Frida não responde perguntas: ela as encarna. Jophra, tantas vezes observador, torna-se tela. 

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Frida Kahlo

A coletânea "Insignes Personas", criada por Jophra Morier, é uma imersão nas ideias e legados de grandes figuras que moldaram o pensamento humano. Em sua primeira edição, apresenta seis volumes dedicados a ícones como Krishnamurti, que revolucionou o entendimento sobre liberdade e autoconhecimento; Helena Blavatsky, cujo misticismo desvendou dimensões ocultas da humanidade; Karl Marx, com sua análise crítica do capitalismo; Simone de Beauvoir, que redefiniu o papel da mulher na sociedade; Friedrich Nietzsche, cujas ideias abriram novos caminhos para a filosofia; e Frida Kahlo, cuja arte autobiográfica transcendeu barreiras culturais. Cada volume revela a profundidade e a relevância de seus protagonistas, conectando seus pensamentos ao mundo contemporâneo. Mais que uma coletânea, "Insignes Personas" celebra o poder transformador de vidas e ideias que continuam a inspirar e desafiar gerações.

Conheça incríveis histórias vividas por Jophra Morier em sua eterna jornada existencial.